terça-feira, 30 de novembro de 2010

Rock Alternativo de cú...

Eu sabia que a organização do Rock In Rio ainda ia me dar bons motivos pra rir.
Depois da ótima notícia de que o Motörhead vai tocar no Dia Metal, Coldplay e Skank são confirmados no Dia Rock Alternativo.
Nada contra o Coldplay só que eles não são alternativos, muito pelo contrário, vendem zilhões mundo afora.
Não gosto do Skank, mas devo admitir que eles fazem um show animado e isso funciona.
O que me incomoda é a organização do RIR usar o rótulo alternativo e não dar alternativas.
Pra honrar o nome eles poderiam trazer algumas bandas que ficaram famosas justamente por terem sido alternativas/underground/independentes um dia como The Smashing Pumpkins, R.E.M. (seria lindo vê-los de novo no RIR), Pearl Jam, Pixies, Alice In Chains, Sonic Youth, o recém reformulado Soundgarden e muitas outras.
Eu sei que quando conhecemos as bandas elas deixaram de ser alternativas e indies, mas muitas delas mantiveram sua escência.
E daqui eu chamaria alguns nomes nem tão altarnativos assim, mas que fogem da trinca de reis do mainstream roquenrol nacional atual: Pitty, Charlie Brown Jr. e Jota Quest (todos muito bons por sinal).
Bandas como Ludov, Nevilton, Macaco Bong, Nação Zumbi, Cachorro Grande, Plebe Rude e Copacabana Club dariam um ótimo caldo pra festa.
Uma reunião do Ira! seria foda!
Enfim, tragam as grandes bandas, mas apresentem nomes relevantes e que vão trazer algumas surpresas.
Num post futuro farei uma lista de bandas que mereciam estar no Rock In Rio.


Guimara é o pai do rock.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

R.I.P. Irvin Kershner e Leslie Nielsen

Hoje recebi duas notícias horríveis.
Dois grandes heróis nos deixaram hoje, primeiro chegou a notícia que Leslie Nielsen, intérprete do Inspetor Frank Drebin da Polícia de Los Angeles havia nos deixado devido a uma pneumonia severa.
Nielsen também atuou no clássico o Destino do Posseidon e Apertem os Sintos o Piloto Sumiu! e inúmeras outras sátiras a filmes durante os anos.

Agora a tarde chega a nota que Irvin Kershner faleceu.
Muita gente não o conhece de nome, mas ele é realmente mais conhecido por ser o diretor do melhor filme da saga Star Wars, O Império Contra-Ataca.
Um filme perfeito, sombrio no qual o diretor desenvolveu os personagens da história como ninguém mais. Quem dera que toda a saga estivesse em suas mãos.
Kershner também dirigiu Robocop 2, Os olhos de Laura Mars, 007 Nunca Mais Outra Vez e A Vingança do Homem Chamado Cavalo, grande clássico da Sessão Western nos anos 80.


Guimara está triste.


quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Acabei de ler o texto a seguir no Imprensa Rocker e como eles não resisti a tentação de publicar as palavras de Rob Gordon sobre uma noite mágica.
Mais um momento mágico que perdi por causa da distância...

Por trás dos cabelos longos e bigode, ele está olhando para baixo, observando algo fixamente. É surpreendido pela chegada do companheiro, que possui cabelos ainda mais longos que quase escondem os óculos de aro fino.

O recém-chegado senta-se ao lado do amigo, olhando para baixo e apertando os olhos devido à miopia. Após alguns segundos, pergunta:

– Ele já entrou no palco?

– Já. Está tocando há alguns minutos – responde o amigo.

– Onde é?

– No Brasil. Em São Paulo, acho.

– Está cheio?

– Muito.

O de óculos permanece em silêncio alguns segundos, tentando captar o som que vem de baixo, de longe.

– O que ele está tocando agora? Jet?

– Acho que sim, não dá para ouvir direito por causa da gritaria. Mas acho que é sim.

– Eu gosto desta música.

– Ele está falando com a platéia, mas não consigo entender nada.

– Acho que é português. Não dá para ouvir direito, o público não deixa.

– Com a gente era assim, também. Lembra no Japão? Ninguém ouvia nada.

– Olhe! All My Loving!

Ambos começam a bater as mãos no joelho, de forma quase inconsciente, acompanhando o ritmo da música. “I’ll pretend that I’m kissing…”, o de bigode canta baixinho.

– George! Você ainda se lembra da letra!

– Tem como esquecer? Aposto que você se lembra também.

– Eu me lembro de todas. Todas as músicas. Todos os versos.

– Ele está afinado ainda, não?

– Ele sempre cantou muito bem. Desde menino, ele sempre cantou muito.

Ficam em silêncio mais um pouco, olhando para baixo atentamente.

– Qual é agora? Drive my Car? A platéia esta fazendo barulho demais.

– Drive my Car. Essa é quase toda dele, sabia? Eu apenas ajudei em uns trechos.

– Está no Rubber Soul, né?

– Acho que sim. Sim.

– A platéia está cantando a música inteira.

– Como eles sabem a letra? Eles não eram nem nascidos quando lançamos isso.

– Não sei… Mas eles estão cantando a música inteira, John. Dá para ver daqui.

Permanecem em silêncio por mais algum tempo. O de óculos, mesmo sem perceber, balança a cabeça para os lados discretamente, ao som da música.

– Ele foi para o piano.

– Eu nunca entendi como ele sabia tocar tantos instrumentos. Isso não é normal.

That leads to your door
Will never disappear

– Qual ele está tocando agora? The Long and Winding Road?

– Sim. Veja! As pessoas estão chorando!

Afastando os cabelos do rosto, o míope aperta ainda mais os olhos, vasculhando a multidão.

– Não gosto dessa música – ele diz, mais para si mesmo que para o amigo.

– É linda. Ninguém conseguia fazer baladas como ele.

– Mas não gosto. Nós mal nos falávamos na época.

– Acontece. Acontece com todo mundo, por que não iria acontecer com a gente?

– Verdade.

– Ele está tocando as nossas, olhe. Antes foi And I Love Her. Agora é Blackbird.

– Eu não acredito que as pessoas ainda cantam junto, depois de tantos anos… A letra não está aparecendo no telão? – pergunta o de óculos, abaixando-se ainda mais e tentando ver o palco.

– Não, elas sabem mesmo. Dá para perceber daqui.

– Ele disse meu nome?

– Sim. Você sabe qual ele vai tocar. Ele escreveu para você.

I still remember how it was before,
and I’m holding back the tears no more…

– Você está legal, John?

– Eu e ele perdemos muito tempo. Hoje eu sei disso.

– Eu sei.

– Sabe, George… Se nós soubéssemos que eu teria tão pouco tempo, talvez tivéssemos nos comportado de outra maneira.

– Talvez não. Vocês sempre foram melhores amigos. Ele sabia disso. Ele faz questão de cantar essa, todo show. E ele sabe que você está vendo. Ele não canta para a platéia, ele canta para você. É a forma que ele encontra de matar a saudade um pouco.

– Será?

– Sim. Eu senti muito sua falta antes de nos reencontramos. Olhe as pessoas lá embaixo, estão soluçando. Todos sentem sua falta.

– Eu sinto muito a falta dele. Eu sinto muita saudade da gente. Especialmente do começo. Lembra da Alemanha?

– A gente ainda era menino… Tudo era o máximo, tudo era novidade. Nós éramos novidade.

– Nós ainda somos novidade. Olhe, essa é sua!

You’re asking me, my love will grow?
I don’t know, I don’t know

– Eu me lembro de quando escrevi. Era difícil escrever algo com vocês ali.

– Essa música é linda.

– Olhe! No telão! Ele colocou uma foto minha!

– A gente gostava demais de você. Você era mais novo, víamos você como uma espécie de caçula.

– Eu sei – concorda o de bigode, rindo alto.

Esperam em silêncio a plateia aplaudir. Ao final da música, ambos estão visivelmente emocionados, cada qual com suas lembranças. Os acordes de uma nova canção parecem despertá-los.

– Eu gosto dessa!

– Essa é dele, não é nossa.

– Band on the Run? Mas poderia ser nossa.

– Se dependesse de mim, seria.

– Ah, sim. De todos nós, você sempre foi o mais roqueiro, essa música é a sua cara.

– Ele fez muita coisa boa, né?

– Sim.

Enquanto o de óculos bate os dedos no joelho, o de bigode, sentado de pernas cruzadas transforma sua própria coxa no braço de uma guitarra imaginária. Ambos parecem distantes, talvez pensando não no que foi, mas no que poderia ter sido.

I read the news today oh boy
About a lucky man who made the grade

Enquanto o de bigode tamborila os dedos no ritmo, seu amigo remove os óculos rapidamente. Está chorando.

– Você sempre chora nessa.

– Foi uma das últimas que escrevemos juntos. Mesmo separados. Metade é minha, metade é dele. É estranho, hoje, vê-lo cantando minha parte, e eu aqui.

– Ele não está cantando sozinho.

– Como não?

– Olhe o estádio. É uma voz só, uma voz de sessenta mil pessoas.

– O que são aquelas coisas brancas? Balões de gás?

– Sim.

– Como isso fica bonito, vendo daqui de cima.

– Espere… Give peace a chance? Isso não era da música, certo?

– Não.

– Isso é seu!

– Sim.

– O estádio inteiro está cantando! Olhe os balões de gás! As pessoas estão chorando, se abraçando.

O de óculos resmunga um palavrão, sorrindo. Seus óculos estão embaçados, molhados de saudade.

– Let it be. Essa não poderia faltar.

– Eu não me conformo com isso, com as pessoas ainda saberem as letras inteiras.

But in this ever changing world
in which we live in

– Eu gosto dessa também.

– Uau! Você viu aquilo, John? São fogos?

– Ficou demais, né?

– Nós não tínhamos isso no nosso tempo.

– Nós não precisávamos.

– Mas ele também não precisa. Mesmo assim, ficou lindo.

– O que as pessoas estão cantando, agora? Hey Jude?

– Sim… Estão abraçados, cantando junto com ele.

– É engraçado, George… Eu sei que nós éramos bons… Mas acho que nunca entendi a importância que temos na vida das pessoas, até pouco tempo atrás. Quando eu assisto aos shows dele, e vejo as pessoas cantando junto, chorando… Mexe demais comigo.

– Nós éramos bons, John. Você sabe disso.

– Aparentemente, ainda somos. As pessoas ainda…

– Ainda o quê?

– Sabe, eu estava errado.

– Oi?

– Quando eu disse que o sonho acabou. Eu estava errado.

– Nós três sempre soubemos disso, que você estava errado. Você sempre falou demais. Lembra aquela confusão de sermos maiores que Deus?

– Sim… Mas o sonho… O sonho não acabou nunca. Eu errei.

– John?

– Sim?

– O sonho nunca vai acabar. Não enquanto as pessoas se lembrarem. E elas vão se lembrar para sempre.

Sorrindo, John Lennon levanta-se e oferece a mão a George Harrison.

– Você está com sua guitarra?

– Eu sempre estou com minha guitarra, você sabe.

– Vamos tocar um pouco?

– Qual?

– Qualquer uma. Deu saudade.

Milhões de quilômetros abaixo, Paul McCartney, emocionado, agradece à platéia.


Guimara está sem palavras.

sábado, 13 de novembro de 2010

Metallica

Pra comemorar a escalação do Metallica para o Rock In Rio, nada melhor que ouvir os dois novos Eps que a banda lançou pra celebrar sua passagem pela Austrália.
Six Feet Down Under tem faixas gravadas ao longo dos anos na Austrália e Nova Zelândia e não apenas um só show, o que não tira o brilho dos lançamentos.
Um bom aperitivo até a chegada do Box com os shows do Big Four.




















Six Feet Down Under EP


01 – Eye Of The Beholder
02 – ...And Justice For All
03 – Through The Never
04 – The Unforgiven
05 – Low Man’s Lyric (Acoustic)
06 – Devil’s Dance
07 – Frantic
08 – Fight Fire With Fire

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Six Feet Down Under Part II

01 – Blackened
02 – Ride The Lightning
03 – The Four Horsemen
04 – Welcome Home (Sanitarium)
05 – Master Of Puppets
06 – …And Justice For All
07 – Fade To Black
08 – Damage, Inc.

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Guimara sabe que não há vida antes do couro.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Rock In Rio 3


Finalmente o Rock In Rio 3 começou a me animar.
Depois de saber que a onipresente Ivete Sangalo e todos os medalhões do roquenrol tupiniquim mainstream vão participar, eis que o grande Metallica é confirmado.
Juntamente com Sepultura e Angra, a banda forma o Dia do Heavy Metal.
Com certeza outro nome internacional será confirmado para este dia, torço pro Judas Priest e Dream Theater já que o Iron Maiden vem em março.
Espero também que nomes como Cachorro Grande, Macaco Bong, Móveis Coloniais de Acajú e Nação Zumbi não fiquem de fora.
Titãs, Paralamas, Capital Inicial, Pitty com certeza estarão por lá. Juntamente com NX0, Restart, a banda do Fiuk, Cine e todos estes viadinhos coloridos que São Paulo vem nos presenteando.
Não quero nem falar do Dia Pop que me dará tanto prazer ao ver tanta falta de talento junta, mas como tudo se compra hoje em dia (ninguém desafina mais por causa do Auto Tune), teremos um desfile de gente bonitinha por lá. Disseram que a maravilhosa Lady Gaga não vem por causa de suas férias, mas quero que ela mude de idéia.
Aposto que o Justin Bieber, Miley Cyrus (essa vou ter que ver por pressões familiares), Rihana, e outros super talentos baterão ponto nesse dia.
Mais comentários cretinos sobre as novidades do Rock In Rio chegarão aos montes até setembro do ano que vem, aguardem.



Guimara vai soltar uma pipa com o nome de Rita Lee durante o festival.